No encerramento da 7ª Olimpíada do projeto Superação, idealizadores exaltam legado disciplinar

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Alunos no encerramento da Olimpíada na Cidade Administrativa Foto: Caíque Rocha

Quando um objetivo nobre é alcançado, fica nítido entre os componentes da jornada o sentimento de alegria perante um resultado que renderá frutos inimagináveis, tanto imediatamente quanto em um futuro próximo. Durante a cerimônia de premiação da 7ª Olimpíada do projeto Superação, realizada na Cidade Administrativa de Minas Gerais, nesta terça-feira, tal sentimento foi unânime entre seus idealizadores.

Organizada pela De Peito Aberto — Incentivo ao Esporte, Cultura e Lazer (DPA), em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), através da Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (SUASE), a edição de 2016 das competições envolveu intensamente alunos de 11 unidades socioeducativas de Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH), que puderam vivenciar os benefícios da integração social através de sete modalidades esportivas: tênis de mesa, badminton, peteca, xadrez, basquete street ball, futsal e handebol.

Superintendente de Gestão Estratégica do Sistema Socioeducativo, Bernardino Soares definiu a 7ª Olimpíada como ‘irretocável’. “Em um ano tão complexo para todos nós, a Olimpíada veio como um grande desafio, mas que coroou a nossa parceria com a De Peito Aberto”, disse o representante da Suase, que fez questão de exaltar toda a coordenação da ONG, professores e os jovens participantes: “Sem palavras para o que aconteceu aqui hoje”.

De fato, o dia foi especial para quem passou pelo Edifício Gerais da sede do Governo Estadual, principalmente para os participantes e colaboradores. Como reconhecimento da dedicação e desempenho, os jovens atletas receberam os troféus relativos a cada modalidade. Além das premiações, apresentações musicais — entre elas, uma oficina temática Batalha do Passinho” — e oficinas de dança, culinária e capoeira engrandeceram a festa, que contou, também, com participação dos servidores da casa.

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Jovens foram premiados com troféus Foto: Caíque Rocha

Fábio Araújo, um dos coordenadores da De Peito Aberto, se mostrou bastante orgulhoso quanto ao engajamento dos jovens e o respeito mantido entre eles. Segundo ele, os atletas souberam aliar disciplina e vontade de ganhar. “Houve o entendimento entre eles sobre o verdadeiro objetivo do projeto e, mesmo com muita garra, não tivemos, por exemplo, a aplicação de um único cartão amarelo (punição comumente usada em esportes coletivos)”, ressaltou.

Essa disciplina pode ser explicada através do caminho percorrido pelos jovens até a chegada dos projetos de esporte, lazer e cultura. Ao entrar no sistema socioeducativo, eles passam por um processo de escolarização e profissionalização. Hoje, todos os adolescentes integrados estão matriculados, onde 92% frequentam regularmente suas respectivas escolas. O resultado pode ser visto, também, na diminuição da taxa de reincidência, que hoje é de apenas 18%.

FUTURO DA OLIMPÍADA

Para o próximo ano, a pretensão é a de que o projeto tome proporções ainda maiores. A principal novidade tende a ser a inclusão de jovens do interior do estado. “O investimento há de ser maior, mas é de extrema importância a inclusão de outras cidades do estado nesse processo”, afirmou Bernardino, que também garantiu uma edição mais extensa, com dois meses de duração.
O aumento do calendário pode refletir em outra grande inovação. A perspectiva é de que a 8ª Olimpíada do projeto Superação conte com um número maior de modalidades, abrangendo uma quantidade ainda maior de adolescentes.

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